Terra que agente conduz,
De dia falta água
E de noite falta luz!
Seu estado é tão crítico
Que não tem remédio ou governo,
Só recebestes uma visitinha:
E é a do sol, o dia inteiro.
Seca-se a erva,
Põe-se o sol...
Mosquitos, insônia
E calor no lençol!
Se digo que sou do norte
Não me chamam de mineiro.
Baiano ou goiano
Também não receio...
Houve um ano
Que faltava sossego,
Tiravam cinco SUJeitOs
E 'ainda faltavam prefeitos'!
Logo abrisse um edital
E fizesse um concurso:
Porque prefeito pro norte?
É um artigo de luxo!!!
No mês falta médico!
Na semana enfermeiro!
No ano hospital!
E no dia pedreiro...
Nem podia levar
As grávidas potra cidade,
Posto e gasolina
Acabou de verdade...
As filas de veículos
Chegavam na escola!
Professores em greve
E protestos agora.
E protestos agora.
Nas ruas afora
Com os moleques descalço...
É pipa! ebola! puro descaso!
A balsa não passa,
E o serviço escasso.
Terminou o petróleo
Energia e o gás!
Presidente e dentista
Nem ponte faz mais!
Acabou meu pequi
E sobrava o pecar,
O sinal transgredir
E de carro passar.
Pois a noite choveu
E a luz ela levou,
Saí da igreja num breu
Mas em casa ela voltou.
Acendi uma vela
E o cristão foi orar:
Que a fartura dessa terra
Possa um dia voltar...
O estado parece andar
No seu rumo sem o norte,
Até nos livros de estória
Confirmamos essa sorte.
Na escola um dia duvidei
E ao professor fui perguntar:
O norte é uma terra boa?
Respondeu: Tudo o que se planta dá.
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