Estou patrocitiado,
É patrocínio por todos os lados...
Até mesmo em Diamantina
Não existem montes claros...
Passei em Curral de Dentro
E deixei aberto uma porteirinha
Saiu boi igual formiga
Com sininho e ladainha...
Na capelinha apagam a luz?!
Roubaram as pedras de Maria da cruz!!!
Pedra azul e ouro preto
Da Princesa Januária
Cássia decifra o roubo:
_Tragam um Juiz de fora pra área!
E fizeram um juramento
Pra seguir aqueles passos
Só acharam ouro branco
E dois riachinhos calmos...
Presidente JK e Governador Valadares,
Com duas cartas na manga
Sete lagoas foram pros ares...
Fizeram um ribeirão das neves
Só com a lagoa dos patos de minas...
E as outras seis um mar de Espanha,
Pra cair na veredinha
Pontiaguda e espinosa
Que desaguam nas salinhas.
Lá pegaram umas momonas
E venderam à Teófilo Otoni
Que avista duas mulheres
Em um belo horizonte.
Dona Euzébia e Cristina
Vendem caldos no mercado
Caldo de galinha, caldo de cana,
Caldas novas e poços de caldas...
Entregaram ao Guarda-mor
As momonas que haviam guardado
Elas iam pro comercinho
Clandestino da cidade.
Mas à perderam num florestal
Perto da fronteira dos vales
Onde a luz era abundante,
Igarapé e pequi no monte
Onde a boiada de rodeiro
fez o claro virar preto.
Quando escutei os tiros
Do Guarda-mor,
Abri a porteira do ribeiro
Tombos eu levei...
Mas Cássia viu as maravilhas
Das momonas que escondia
As pedras que também eram
De outras três Marias.
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© K DEIVID BORGES
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